A Garota no Trem - Paula Hawkins

Resumo GoodReads: Todas as manhãs Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d’água, pontes e aconchegantes casas.

Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Janson –, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida.

Mais um "resolvi ler o filme".

Sem partir para spoilers, o livro é interessante mais pela estrutura do que pelo conteúdo. Não que o conteúdo seja ruim, mas é levemente cliché.

A estrutura, no entando, é bem mais complexa. Segue a vida de três mulheres (uma delas, a principal, "a garota no trem"), contando como a história das três se interage e como forma uma rede só. O problema é que, além de quebrar eventos em três versões diferentes, três pontos de vista diferentes -- algo que eu acho realmente interessante -- os eventos não ocorrem em ordem cronológica. Um capítulo é sobre a mulher 1, em um dia de julho de 2013; o próximo é da mulher 3 em janeiro de 2012; e assim por diante. Como os capítulos são meio longos, às vezes foi preciso voltar pra tentar conectar os espaços temporais para ter a visão do todo da história.

Fora isso, é um excelente mistério, com uma boa percepção dos clichés e como utilizá-los para criar plot twists.